História das bolsas
A bolsa tem sido companheira de homens e mulheres há milhares de anos. Mais do que um item de utilidade, é um acessório poderoso que arremata qualquer produção. E como evoluiu através dos tempos.
Na Idade Média, homens e mulheres usavam bolsas com muitas finalidades. As masculinas geralmente eram maiores do que as femininas; confeccionadas em couro, peles ou tecidos ornados com franjas, tinham pingentes bordados em fios de ouro ou prata e ainda eram adornadas com pedrarias. Existiam ainda os modelos especiais destinados a carregar remédios, tabaco, leques, escovas de cabelos e ainda livros de oração, conhecidos como bolsas-relicário.
No Século 18, homens e mulheres usavam uma espécie de carteira, geralmente confeccionadas em couro ou seda; alguns modelos eram ricamente bordados. No Século 20 verificou-se grande avanço na moda e nos costumes. Logo no início, as bolsas tornaram-se indispensáveis e diferentes modelos surgiram. Foi nessa mesma época que surgiram as sacolas de compra e as bolsas de viagem.
Nos anos 20 as carteiras feitas de couro predominaram. Os modelos para a noite eram bordados com pedrarias. Já a década de 30 foi toda influenciada pelas divas de Hollywood. As bolsas continuaram pequenas e arrematadas por fecho de metal. Os fabricantes começaram a usar materiais mais baratos em sua confecção, é aí que entra em cena o plástico Bakelite.
Os anos 60 foram tempos de avanços em várias áreas. No Brasil surgiram os ateliês de alta costura que ditavam as tendências. Nas bolsas também houve uma retomada das técnicas artesanais como o tricô, crochê e patchwork. Vinte anos depois, tínhamos a moda brasileira. Tudo era muito democrático. A bolsa estilo sacola continuava imperando e eram combinadas com a pasta executiva. Os sapatos eram coordenados com as bolsas. Era comum forrar os sapatos com o mesmo tecido da roupa quando o evento era muito formal. Pois é, era a moda.
Nos anos 90 foi liberdade total. As bolsas foram oficialmente consideradas acessório, item de elegância, e já não precisavam mais ser coordenadas com os sapatos. Claro que deveria haver harmonia entre os dois, mas não precisam mais ser da mesma cor. As peças passaram a ser confeccionadas dos mais diversos materiais e ganharam formatos e compartimentos que tornaram os modelos bem mais funcionais e adequados ao perfil da mulher.
Atualmente, estão em alta os modelos maiores, com alças não tão longas, de modo que garantam antes de tudo o conforto de quem as carrega. Internamente, quanto mais repartições, melhor. Neste sentido, o ideal é que tenha um “cantinho” prático para levar o celular e achá-lo o mais rápido possível quando tocar.